sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Excitações!


Excitações à parte, porque afinal de contas é sexta-feira, e o Sol, esse sacana fugitivo, brinda-nos e violenta-nos a pele, consequentemente desassossega-nos o corpo ( coisas de gajo, estão a ver?! Se bem que elas, diz que também padecem do mesmo mal. ), e como tal resolvi entrar. Espreitar. Relembrar. Sorrir...Tosco do caraças! Zé! Zé! Zé...

Temos saudades disto. É um facto. Disto e do resto. E dos outros. De tudo.

Beijos & Abraços, daqui, do coração da naçon!







sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Caros Anónimos



Aqui estou, na casa onde já fui feliz, e duas perguntas (para já) se impõem:

Zé, o que tens andado a fazer este tempo todo, sem dar notícias?

Bom, meus amigos, tenho andado por aí, numa lufa-lufa diária, nas morgues, lar de idosos, pontes, valetas, repartições de finanças, em alguns blogs, casas funerárias, caminhos de ferro, nas ruas mais movimentadas, seja de comércio ou de trânsito, enfim, tipo abutre, ando por aí à procura de gente morta ou a caminho de, para os tornar militantes para as listas do PS!

Pronto, não teve piada, mas hoje é sexta-feira, entendam que não é fácil, depois de um extenso período de tempo, voltar a escrever com coerência e senso, não esquecendo a parte de fazer piada, ainda que mordaz, que é tão característico a quem não tem népias para postar ou apenas gosta de maldizer a vida alheia. 

Assim sendo, passemos à resposta propriamente dita: caríssimos leitores, tenho andado entretido com duas medas, douradas, lindas, firmes, produto natural, sem marca alguma de biquini, onde na ponta se me sorriem dois lindos bicos empinados, castanhos, rijos, que logo, logo apetecem morder. Sim, eu sei, dói! mas mordo devagar, só com a ponta dos dentes, e dou beijinho logo a seguir. São assim duas lindas medas douradas, sim, estou a repetir-me, mas são tão boas que fico logo em prontidão, e naquele tamanho que enche a boca mas que não atafulha, entendem?! e dá sempre vontade de mais, mais e mais! Nunca farta! (para já!) 
De modos que, com vêem, é resposta mais do que suficiente para a pergunta.


A segunda: Zé, voltas?!

De momento, não é possível. 



À escuta Mafalda Veiga, Imortais


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Dear Zé


Para toda a minha vida é um conceito de tempo enorme. É muito tempo! Não sei se poderei esperar, se o saberei fazer. Apenas sei que é por muito tempo que eu vou-te amar...

Ontem comprei O anel. Tenho-o aqui à minha frente. É lindo... acho que gostará...(não há cá trocas, azar!)

Está tudo pronto. Não minuciosamente preparado, mas está elaborado.
Mais coisa, menos coisa, zarpamos para Lanzarote, e lá, de joelhos, a teus pés, completamente rendido e desarmado pedir-te-ei para ficares comigo para toda a minha vida... obviamente que não perderei a ocasião e já que estarei de joelhos faço-te um baita dum minete que será impossível recusares seja o que for! Será assim uma espécie de treino para o momento: (...) e agora pode levantar o véu e beijar a noiva. E beijo-a... lambo-a... chupo-a... ok! Menos, Zé! Menos! - dirão vocês, mas um gajo tem de se distrair para esconder o nervosismo.


...


Para toda a minha vida é um conceito de tempo quase eterno para este blogue. É mais do que muito tempo, e aqui, neste espaço virtual o tempo é tão curto que seria aborrecido por demais terem-me assim por tanto tempo.
Não porque eu sei que vou ter a eterna aventura de viver ao lado teu por toda a minha vida! Não! Não é por isso, mas simplesmente porque aqui o meu tempo acabou... Vá, não dramatizem! Eu sei que só cá vinham para marcar ponto, mas não se esqueçam daquilo do tempo, como em tudo o resto, também aqui as lembranças são curtas, de maneira que daqui a uns dias já não se lembrarão do Dear Zé.
Peço desculpa se de alguma forma, em qualquer momento fui menos agradável, mas acreditem que sempre foi meu propósito de que a diversão fosse partilhada.
A todos, não de forma igual, obviamente, (seria pouco sincero dizer isso, e como nunca aqui andei para fazer o gosto, não seria agora que o faria), o meu obrigado pela partilha!
Em especial, e por ordem de leitura no reader:

Mr JM, nunca to disse, mas acho que agora deves ter percebido, fui ao 6º andar e estou irremediavelmente condenado!

Sol, a eterna apaixonada. Beijinhos, beijinhos!

M4rciano, o bom gosto e perfeita combinação entre algumas das melhores coisas que temos no mundo: Mulheres e Música. Excelente trabalho! 

SM, boa sorte, rapaz,  noites felizes e sossegadas! Hehehe

R., companheiro... ahh, saudades daqueles posts de anafadas trocas de comentários!

Primaço, valeu a experiência, as histórias, a sabedoria, as gargalhadas, as receitas culinárias, a partilha e a alegria com que me brindaste. Obrigado!

IPC, a minha preferida, a que melhor sabe escrever o sexo... sempre doce, intensa e sem nunca cair na vulgaridade! És um tesão, no sentido exacto do significado!

BC, gostaria de ter lido o Lado A...

nAninha...

Pseudo, tens um feitio dos diabos, mulher!  Vou a Braga daqui a uns dias, ainda se mantém o convite para café???? :)))

A sócia Chata da Pseudo Minhota, mas que belo par de jarras fazeis! Essa coisa de ser vermelha, é mesmo feitio, não é???!!!

A Minha Riscada... adoro-te miúda!

Joaninha, das minhas mais anónima, por não teres blogue, mas mais manifesta comentadora, o que é uma grande contradição, mas tão verdade, e tão bom que foi ler os teus comentários. Beijo!


Não é um adeus, é apenas uma porta que se fecha para logo a seguir abrir uma janela , pois já estou a pôr mãos à massa para um novo "EU", because: I keep wondering, how many people you need to be, before you can become yourself?...


"Façam o favor de ser felizes!"












(sócio, é todo teu, pois acho... acho que já não volto!)


Está calor...





Imagino! Imagino, que com este calor, a aflição no peito que ela não terá... 




quarta-feira, 9 de julho de 2014



Acho que ninguém sabe, mas também acho que não será notícia de primeira mão, mas acho que ontem à noite houve mais um jogo, um das meias-finais, nada de importante, mas acho que, nem sei bem, porque nem foi assim um jogo por demais, mas parece que o Brasil perdeu. Um mero jogo, sem grande história, portanto.

1 - 7    FODA-SE!





























quinta-feira, 3 de julho de 2014

Elas tramam-nos sempre!





Nos segundos, talvez minutos ( que divididos são segundos, caralho! és como uma calhau, Zé! Siga, senão ainda te enterras mais ) após... após o coito ( coito, Zé, coito caralho?!! após a foda, com a cabeceira da cama a bater na parede e os vizinhos fodidos, ressabiados por ouvir aquilo tudo, e a vizinha do lado a meter os dedos e o homem no wc a bater uma. Assim é que é! ), ...após tudo isto que eventualmente durou segundos ( outra vez tu e o tempo, tens que cronometrar tudo, dasse! ), e ainda com a respiração ofegante e o peito apressado, ela agachou-se nele. ( Calma! Calma aí, que a procissão ainda vai no adro! Passaram-se segundos, lembram-se? Portanto, ela agachou-se para ficar no mimo, no rum-rum, na ronha ), e ele com a ponta dos dedos, calcorreou-lhe os braços, os ombros, o peito, os mamilos... ( voltamos à corrida de novo. Rijo e firme! Olé! ). 
Trocaram carícias, um breve cafuné, mais carícias, pequenos e repenicados beijos, algumas palavras, carícias, toques mais profundos, palavras outra vez... lembraste, lembraste do que te disse, em tempos? Gemidos, beijos demorados, e mais palavras... disse-te assim: desencanta-te de mim depressa, antes que seja tarde demais para me descobrires Lembras-te?! E ela agachando-se nele ( e agora sim, para fazer aquilo que se deve fazer, ou é suposto fazer, quando se agacha perante um homem ), antes ainda de o acariciar, respondeu-lhe, com os olhos arregalados, pedintes e ligeiramente provocadores, no seu verde infinito e consolador: não faz mal, adoro labirintos!E engoliu-me! Cabra! Sabe sempre como me dissuadir...  )





terça-feira, 1 de julho de 2014

Actualizando.






Temos: vinho, fumados e azeitonas alentejanos, o pão já acabou; queijo de Minas e uns brigadeiros que Titia mandou, mas que o Zé já mamou; presunto e mais vinho do Douro, tremoços do intermarché,  e loiras, grandes (nada de mines, isso é só para meios-homens), frescas e boas! Cerveja, claro! 

Temos um primo alentejano e um brasileiro, portanto. 

Temos sono porque temos tido noites de esbórnia, portanto.

Temos visto os jogos. Temos ido dar umas voltas e temos estado com... gente do sexo oposto.... portanto!

Temos ( mas foi só um dia destes, talvez repitamos hoje à noite ) subido a Avenida e ido à Rotunda andar de carrinhos de choque, e temos parecido genuínos putos numa alegria comensurada.

Temos passado assim os dias e apesar da intensa actividade temos sentido falta dela, portanto!

E temos que terminar deixando um sonzaço Close to Me, The Cure.



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Do alto mar.



Aqui estou eu, de novo. É um fartote do carago, não acham?! Mas pronto, sou semanal, está decidido.
Bom, podia vir aqui falar-vos do mundial de futebol, mas não vale a pena, toda a gente já sabe de tudo, está já tudo mais ou menos alinhavado, de maneiras que escusam de ver mais jogos, e escuso eu de vos aborrecer com ninharias.

Podia vir aqui fala-vos das marradas que há no seio da família cô de rosa, mas não vale a pena, acho que ainda não está decidido, e como não sou bruxo, não posso dizer mais nada, nem tão pouco aborrecer-vos com quezílias alheias.

Podia vir aqui dizer-vos que aqueles senhores que pagam à Dª Inércia, e vá, ao CR também, embora o pobre coitado só receba uma percentagem, vão ter um presidente novo. A má notícia, ou não, é que a vossa conta continua a mesma, isto se até lá não se armarem em despesistas.

Podia vir aqui falar-vos de sexo. Podia não podia? Podias Zé, dizem vocês com aquele sorriso de orelha a orelha. Podia, mas ainda não sei se o farei, é que se o fizer, vai ser um cabo dos trabalhos levantar-me da secretária, como devem ou deveriam imaginar. O ditado diz que incha, desincha e passa, mas às vezes demora a passar, oh se demora...!

Como tal, e já devo ir em mais de 100 palavras, despeço-me com o mastro recolhido, pois isto está um mar de putas*, desejo-vos um excelente  fim de semana e lá vou eu a bordejar.
Fiquem bem!










*Mar de putas, na gíria dos "homens de ferro em botes de borracha" significa um mar sereno.

quinta-feira, 12 de junho de 2014



Tentava lembrar-me de como tudo começou, de como a vida nos cruzara naquela combustão de segundo e de como nos havia ligado assim, assim sem saber como explicar, assim, assim, assim... ou assim como quem tem medo de dizer, porque sabe, mas simplesmente tem medo de o dizer e então fica-se pelos silêncios pensados.

Na inutilidade do esforço, as lembranças vão parando em momentos, em fracções de segundo, em palavras sussurradas, num esgar teu, no teu cheiro que sinto todos os dias na t-shirt que deixaste esquecida, segundo dizes, mas sei bem que é propositado.

E volto aquela foda de joelhos. Aquela em que te pões de costas para mim, com o rabo empinado, a menear, a dançar à minha frente. As mãos a agarrarem-te a cintura, o meu corpo a bater contra o teu, e a entrar em ti sucessivamente, repetidamente. Apanhar-te o cabelo que já está colado na cara pela transpiração, puxar-te a cabeça para trás, cortar-te a respiração, abafar-te os gemidos, e entrar em ti bem fundo até sentir as tuas pernas a tremer...

E enquanto a vontade engorda, a alma mirra e quase entristece. Tenho saudades tuas. 

Caralho pah, tinha intenção de meter aqui uma coisa assim, assim, assim, como vocês sabem, mas que eu não consigo dizer, e ainda não será desta...

A ouvir Madness, Muse


...




quarta-feira, 4 de junho de 2014

Regista e guarda! (3)





Tenho tanto sentimento 
Que é frequente persuadir-me 
De que sou sentimental, 
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa



Estava aqui a pensar...




Por estes dias ía a caminho do Parque da Cidade e via pela Avenida algumas mulheres, sozinhas ou em grupo, que corriam ou caminhavam, e ocasionalmente, um carro conduzido por um homem buzinava-lhes.
Numa pequena peguilha pelos meus pensamentos, questionava porque é que quando um gajo vai a correr, não passa uma mulher e manda uma baita duma buzinadela, e diz: és tão bom, comia-te todo!!!
Porquê???!


...





sexta-feira, 30 de maio de 2014

Petiscos



Um dia destes, como o tempo assim o demandava, fui comer umas Tripas à moda do Porto. Estavam por demais boas. A carne era excelente, bem cozida e cozinhada, o feijão saboroso, tenro, a desfazer-se na boca, e no final aquele trago a cominhos, e claro, que acompanhava com um tinto do Douro. Terminei a refeição com un(s) papo(s) de anjo. Sublime! Ahh, bem molhado naquela calda de açúcar...




Está bem, eu confesso! Comi o papo de anjo antes da refeição... e se calhar foi por isso que as Tripas me souberam tão bem! Estava cá com uma fomeca!



segunda-feira, 26 de maio de 2014

Por mares (nunca) antes navegados!


Ao perto, os sinos de S. Francisco badalavam o meio-dia enquanto ela lhe cravava as unhas como uma cadela que esgaravata a terra depois de urinar, e de olhos esbugalhados, pousados no tecto, sentia as primeiras contracções violentas, que lhe rasgavam o corpo e lhe esboçavam um sorriso eucarístico de satisfação. Ele, que sentira a seda contráctil da sua vagina, seguiu o compasso, e na abóbada do seu corpo, a cada estocada, semeava a substância do pénis, rugindo, e no seu peito desfalecendo até recuperar o fôlego...

Nas ruas o movimento era fraco, o povo nos seus comuns hábitos domingueiros, ía esquecendo o dever, ía prorrogando a miséria, e aquecido pelo sol brando, seguia pelos caminhos estreitos e pouco anafados de uma vida que se esvaía.

Ela procurava-lhe de novo o sexo, esquadrinhando-o. Ele sorria de olhos fechado e indagava se ela iria desistir, ou quando o faria. Ao que ela singelamente respondia, na alegria do corpo quente: não enquanto te mantiveres intrépido!



(texto reaproveitado Daqui)


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Esta noite tive um sonho...



Mas não vos conto, foi tão desenxabido que não me cabe o descontentamento, fico-me até a pensar se não estarei a perder qualidades, mas enfim, a vida continua e hoje, só porque é sexta-feira, venho cá deixar um alento ao meu contratado. O rapaz tem andado atarefado entre exames e coisas da vida de um estudante, de modos que meteu baixa! ( estou fodido! ) Mas vá, é por uma boa causa, é pelo seu futuro académico, de maneira que relevo e incentivo.

Rafael, 
O estudo rotineiro e diário é meio caminho andado para o sucesso escolar. Durante as horas de estudo devemos nos concentrar, nos livrar de tudo o que à nossa volta nos possa distrair, intervalar o estudo, prestar atenção aos detalhes, que muitas vezes são bem mais importantes do que o grosso modo das instruções, e nos focar unicamente nos calhamaços. 



Por exemplo, na imagem acima postada, reparaste em tudo? em tudo mesmo? Hummm, aposto que te falhou ali um pormenor, de certeza que te perdeste a tentar perceber qual era a marca da máquina, engraçaste com os contrastes, com os cinzas e tal, mas, e os tornozelos da dama, reparaste nisso por acaso??!!
Sócio, concentradissimo, pá!

Bom fim de semana, gente!



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Uma vez, no Far West...


Esta noite tive um sonho esquisito como o catano! Sonhei que tinha uma casa com alpendre, do género casa na pradaria. Sempre quis ter uma casa assim... E então, de manhã acordava, saía ao alpendre, pegava na minha cadeira, colocava-a ao centro, na descida das escadas que davam para o jardim, e sentava-me com a caçadeira na mão, recostando-me. E quando digo caçadeira, refiro-me mesmo a uma arma de fogo e não aquilo que essas mentes perniciosas estarão a pensar. Não pensaram? Eu pensei!

E então, ficava ali à espera que os coelhos bravos que povoavam o sítio começassem a saltitar. Fazia mira e puummm! 
   - Queriiiiiidaaaaaaaa! 
   - Sim, amor?!
   - Anda cá buscar o almoço, hoje quero coelho à caçador.
   - Ohhh, outra vez coelho? Sempre coelho, só coelho, não sabes pedir outra coisa. 
   - Que queres, caralho? Só há coelhos por aqui, não tenho culpa. Mas vá, hoje estás com sorte, hoje é lebre! Siga, toca a tratar do bichinho. É grande, já viste?! 
E lá ía ela a arrastar o chinelo e a abanar a anca, e onde, imaginava eu, que por debaixo do vestido, nada mais trazia. E com o sol matinal a bater-me, lá começava eu a ficar bruto... Olhava no horizonte, voltava a pegar na caçadeira, e puummm, logo à noite é assado no forno, pensava eu. 
   - Queriiiidaaaaa!
   - Sim, amor?!
Respondia-me sempre com a mesma cadência de voz. Tinha cá uma paciência para mim....
   - Anda cá fazer-me uma festinha...
   - Ohhh, agora?! Agora não posso, estou ocupada, espera! Sempre a chamar, sempre a pedir, sempre a reclamar, sempre... e eu deixava de a ouvir, embora ela continuasse a falar e a protestar.

Os homens têm uma capacidade quase desmedida para ouvir os protestos das mulheres.... nhanhanha, nhanhanha... e nós, com um sorriso nos lábios... nhanhanha, nhanhanha... e nós, indiferentes ao seu tom de voz histérico e descontrolado... nhanhanha, nhanhanha... e a dada altura temos também a capacidade de nos abstrairmos e sair dali, ainda que nós e ela, ali permaneçamos. 

Mas eu, hoje, fiquei. Não saí, não vagueei, não viajei, não fui dar uma volta e fiquei. Eu, hoje, ou talvez até ontem, fartei-me de a ouvir e hoje, matei-a! Matei-a! Ainda que ela por aí ande, eu matei-a e morreu-me nas mãos, nos dedos, nas palavras... Cansei-me de a ouvir, esgotei-me nas suas demências, esvaziei-me das suas dúvidas, e no limite da minha paciência, matei-a!E assim já não a ouço, ainda que ela por aí ande, pode falar o que quiser, protestar, questionar, insultar, contrariar, porque eu já não a ouço...







   - Queriiiiidaaa! ( esta é a do sonho)
   Vens ou não vens fazer-me uma festinha??!!


...




terça-feira, 20 de maio de 2014

Fui Eu Quem Chegou


Vem uma pessoa de ler Saramago e parece que acaba assim com umas bexigas na cabeça, umas metástases esquisitas agarradas ao sebo dos sonhos, uns derrames de humores próprios que saem nas devidas alturas dos devidos lugares, com as devidas missões, que nem sempre, não se reunindo as condições devidas, resulta nos devidos fins, nas finalidades a que foram, divina e devidamente, incumbidos, sabe alguém quais, quem, porquê.

Vem o Rafael de ler Saramago e acaba pior… «o mundo de cada um é os olhos que tem», marcou-me no Memorial, marcou-me na vida. É uma frase bonita, não fossem os meus olhos ter a mania de ser copiosos daquilo que leem, não fosse a minha mania a de guardar em mim todas as vontades que Blimunda recolhia para as esferas, e não estaria agora, nesta espécie de neo-modernismo sem grandes veracidades, discorrendo torrentes de frases que não dizem coisa alguma.

Tivesse eu nascido numa aldeia e, de todos os rapazes, seria o bicho mais estranho, aquele que brinca sozinho a coisas sem piada, aquele que tem mas mundos na cabeça que o Universo na realidade. Seria aquele gajo que voava na trotineta, pelos caminhos de terra batida; aquele miúdo que dançava em círculos infinitos debaixo da lua cheia de agosto; aquele que saltava para cima das folhas do Outono castanho; aquele que parava, no tempo, na vida, no espaço, debaixo da chuva fria de novembro. Tivesse eu nascido numa aldeia e nada de mim era eu.

Porém, não nasci. Quiseram as coisas que mandam nisso que eu nascesse na terra menos aldeia que Portugal conhece. Nasci, há já dezanove anos, numa vila de Cascais que já não conheço. Chamo-me Rafael e sou a mais recente contratação do Zé.

Não sou do Norte. Não sendo do Norte falta-me a brejeirice que alguns procuram. Falta-me o sotaque, o vocabulário e a verborreia; falta-me a alegria de ser portuense, a nostalgia de viver nos vales do Douro, entre a Régua e Resende; entre os rios, as Cidades e as Serras.

Não se pense, contudo, que vivi muito em Cascais… Essa terra foi onde respirei os primeiros ares, vi as primeiras cores, ouvi as primeiras palavras… Nada disto conta naquilo que sou, porque não foi em Portugal que me fiz Rafael.

Inglaterra, foi lá que me construí, desconstruí e guardei os cacos que agora vou desempacotando, em páginas de tudo, de nada, de coisa nenhuma. Páginas brancas, borradas pelas lágrimas que derramaram sobre elas. Páginas caladas, que não dizem nada.

Vim de uma pequena cidade no nordeste de Inglaterra há dois anos, foi quando aterrei na Portela que renasci, revi a minha posição no mundo e cresci. Desde então vou escrevendo o que nunca disse.

E agora que o Zé foi dar uma volta, aqui fico, qual fiel depositário mor desta obra de Vontades e esforços megalómanos, em jeito de Convento memorável, aterrado no alto da Vela, num confim qualquer da Internet, escondido debaixo de vimes e moitas secas.

«Outro valor mais alto se alevanta» - o Camões o disse, a prática o demonstra. Mas que obra mais valerosa existirá que o Dear Zé? Muitas, é provável, mas para mim, fiel e pobre Egas Moniz, qualquer condado se assemelha a Estado grandioso.

Prometo não exagerar das próximas vezes que aqui escrever, afinal, quem é que está para ler 600 palavras aqui, num blogue abandonado pelo Criador, deixado a um Messias ou usurpador (depende do gosto)?



Vem uma pessoa de ler Saramago e acaba assim, com vontade de não parar de ler. Vem o Rafael de ler Saramago quando encontra o Zé abrindo as portas…

Vá lá, dêem as boas-vindas!





Após uma longa, séria e exaustiva fase de negociações, eis que chegamos ao fim e à realização do contrato.
Dear Zé tem um assalariado. A ver vamos se é meramente um colaborador ou será efectivamente um trabalhador, sendo que o colaborador é aquele que colabora, e o trabalhador é aquele que trabalha. É, portanto, uma questão de português e de serviço, se é que me faço entender.

Aproveitando a época de campanha eleitoral, fez a sua:
- diz que gosta de voluntariado, tal como o Zé, e que gosta de fazer coisas diferentes como salvar blogues moribundos...
- diz que gosta de escrever, tal como o Zé, considera-se neo-modernista, e que no meio de pensamentos polutos e ideias loucas, vai largando as suas demências literárias. É bem pior do que eu, caralho...
- diz que adora imagem, tal como o Zé, e que se dedica à fotografia. 
- diz que tem uma vontade de prosperar na blogosfera e que, portanto, na sua demência, pois só alguém num estado tresloucado pensa assim, acha que o Dear Zé é um bom meio para medrar. 
- diz que é bom rapaz, ou que gosta de pensar que é, diz que tem charme e carisma, mas isto, meninas, só cá para nós, é mesmo campanha eleitoral!
- e, por fim, diz que se compromete a cumprir todos os requisitos exigidos pelo Zé.

Não tendo sido atirada moeda ao ar ou manuseado qualquer outro artefacto para escolher o candidato, ele convenceu-me pelos argumentos, pela sua escrita, pelo sangue novo que lhe corre, e pelo potencial estímulo que me dará para aqui continuar.

Meus senhores, dêem uns calduços aqui ao puto, como forma de o praxar!

Meninas, eu sei que estão ansiosas, em pulgas, com as borboletas na barriga e sabe-se lá mais o quê... vá,  venham lá dar um beijinho ao Rafael Souza, o puto novo, aqui do Dear Zé!

Vá, não se estiquem que eu estou mesmo aqui a ver-vos! Atenção aí aos abraços! Calma! Calma! Uma de cada vez... oh, oh pra isto, já nem ouvem o que lhes digo... assim sendo, até um dia...






segunda-feira, 19 de maio de 2014

Regista e guarda! (2)


Acho piada aqueles gajos que, em modo macho latino, quando encontram a namorada, a amante, a amiga, ou como quer que a nomeiem, a falar com um gajo, dizem qualquer coisa no género: olha, logo à noite começas tu a fazer o jantar? Uma forma parola e machista de dizer que a andam a comer e que está reservado... entre outras frases e atitudes, claro.

Não sei, mas tenho para mim que ela, não é ele, o outro, é ela, se quiser foder com outro, fá-lo, independentemente do moinante ter dado a mija na parede, ou não! Certo?!!!



Para ti...




Será um título brejeiro, por demais vulgar, contudo, totalmente apropriado ( tal como o caralho das vírgulas que nunca sei onde, e se as colocar! ). 

Este é um post dedicado a todas as damas que por aqui passam, e quero que o leiam como se este fosse dedicado apenas a cada uma de vós individualmente e apenas para ela. Ou seja, fazes de conta que este post é dedicado a ti, e apenas para ti, mesmo que valha para o resto do mulherio, mas... faz de conta, percebes?! 

E antes de o começarem a ler, cliquem no link que vos remete para uma música. É apenas para dar ambiente, e começar desde logo a criar aquele calor... hmm hmm... estão a ver, não estão?! Vá, agora, cliquem: Break it to me gently...
Sim, eu sei que o som é capaz de ser um tanto ao quanto para o brejeiro, mas é romântico, não acham? ... ahhh, quer dizer: não achas????
Continuemos, então...

A sala estava vazia, as cadeiras e mesas alinhadas, e apenas o globo de cristal sobre o centro da pista de dança ilumina o espaço. 

   Zé...! Zé, essa merda não é brejeira, essa merda é azeiteira, caralho! 

Pois, talvez seja... mas é romântico, não achas??? Combina tudo, a música, o ambiente, e tal... hmmm? Anda cá... dá-me a tua mão, vamos dançar... shiuuuu, ouve...

Aproximo-me de ti, pego-te pela ponta dos dedos, depois seguro-te a mão, e com vagar puxo-te para mim. Sinto o teu perfume, o teu calor e agarro-te o olhar. Olhos nos olhos. Vá, não te rias, já basta as parvoíces que por aqui espalho, este agora é a sério... de verdade!
Levanto-te o braço à altura dos ombros, e com a outra mão cinto-te o corpo e ajusto-me a ti. Lentamente e em compasso, começamos a arrastar os pés. As luzes de cristal reflectem sobre o teu rosto, tens os olhos pousados sobre o meu peito, encosto a minha face à tua, sinto a maciez da tua pele... controla Zé, controla! ... e digo-te:

   - Tenho uma coisa para te dizer. Bem sei que ultimamente tenho sido um homem ausente, não dou a devida assistência, não posto, não coiso, não nada.... 
( E agora dizia ela: Zé, cala-te caralho, deixa-te de merdas e mete-me os dedos na cona! Mas não posso, este é a sério, nada de cenas porcas e afins!
... adiante e continuando, a sério:

   - Bem sei que a minha ausência leva a que cada vez mais nos afastemos, e quem sabe, que com o tempo me deixes de vez. Por isso mesmo, tento a todo o custo travar este nosso distanciamento, e já pensei em várias soluções, tendo até chegado a uma delas. E é por isso que hoje, fechei o tasco só para ti, e para te dizer que... sabes... eu gosto muito de ti... muito, muito... és a minha leitora preferida... tu sabes! E sabes... tenho uma coisa para te dizer... vou trazer uma pessoa cá para o tasco... vá, deixa-me a acabar... vou trazer para cá uma pessoa que vai colaborar comigo, e tu sabes que eu gosto muito de ti, não sabes? ... mas olha, e tu, com esta nova pessoa por cá, não vais deixar de gostar de mim, pois não???!!!

A música acabava, ele passando-lhe a mão pelas costas e apertando-a mais contra si, encostou os lábios junto do seu ouvido e disse em sussurro: Não te vais esquecer de mim, pois não????



....






quinta-feira, 15 de maio de 2014

Agora que o calor chegou...





É um deleite só visto!
Vá, mas atenção, minhas queridas, cuidado com o açúcar, nada de abusar... há sempre alternativas...
Ai... ai.. ai.. ai... tardes rameironas!

Alô?? ´Tão me ouvindo????



Já aqui há dias vos fiz esta pergunta em jeito de rodapé de post, mas como fizeram orelhas moucas, repito:

Acham que, mediante aquelas imagens ramalhonas que às vezes aqui meto, devo colocar um porteiro a dar as boas vindas à malta que visita o Dear Zé??????

Agradecendo antecipadamente pela vossa mui gentil resposta, deixo os meus cumprimentos, abraços e beijocas.



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Querida, o Sigmund já quinou, mas eu tenho um sofá grande cá em casa...





Meus senhores, aqui neste blog, também lhes (a elas) fazemos psicanálise.... olha a Proposta!




Regista e embrulha (1)



No seguimento daquela minha Proposta, informo os respeitáveis e ordinários leitores, e os potenciais sabotadores, também, de que não há um, mas sim dois candidatos ao Dear Zé!





em breve cenas de próximos capítulos...


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Quem é a menina que quer vir dar uma volta???? Quem é??





Vá, entra! Mas com uma condição, só uma, não sou exigente: aceitar aquela minha proposta.

Anda, Get Ready



P.s.: este Mercedes antigos são muito espaçosos ;)


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Os outdoors do nosso subconsciente javardo



Por estes dias uma dama abeirou-se de mim na rua e perguntou:
     - Desculpe, tem lumes?

Levei as mãos ao peito, tacteando-o sobre a zona dos bolsos da camisa, e nada! Levei as mãos aos bolsos das calças e aproveitei para... para confirmar que estava tudo em ordem, e nada de lumes, porque fora o resto estava tudo mais que confirmado. E depois pensei: não fumas, pah! porque haverias de ter lumes?!! E respondi-lhe:
     - Lamento, mas de momento não tenho.

Ela sorriu-me. Tinha uns lábios grandes e grossos, viajei num instante e pensei, sem ter verbalizado: Não tenho lumes, mas tenho aqui uma tocha que te incendiava num instante!

Como sou um gajo tão transparente, aposto que ela me conseguiu ler os pensamentos e deu uma gargalhada . Finalizando, disse:
     - Fica para a próxima. 
Sorriu de novo.... mas que boca linda, tão linda... ai ai ai... e partiu...

Fiquei a vê-la e a pensar: Zé, tu já parecias um trolha, nesses pensamentos de libido descontrolada e javarda.

E vocês, também vos acontece, terem assim daqueles pensamentos mesmo, mesmo porcos que acompanham com frases mesmo, mesmo à medida????
Digam lá ao Zé... contem, contem...!

E enquanto pensam no que me vão contar ouçam o "musicol".... The Stone Roses...brutal!
Ahh, e não se esqueçam também daquela minha proposta...





Detalhes da oferta. Venham ver!





No seguimento do post anterior esclareço:

Este blog passa-se.
O Dear Zé vai à vida. Não tenho tempo nem disposição para por cá andar.

Passo o blog a quem nele se comprometer a:
   postar sobre o que livremente entender de forma mais ou menos assídua
   não publicar javardices
   não publicar imagens pornográficas
   não publicar matéria susceptível de qualquer formar de discriminação
   é indiferente o género do novo colaborador
   é indiferente sobre o que posta
   o Dear Zé ficará com o direito de voltar ao blogue se assim o entender (o que é pouco provável)
   o Dear Zé reservará o direito de expulsar o novo colaborador se este infringir algum dos requisitos


Time is Running Out


terça-feira, 6 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Um brinde à sexta-feira...


... e às coisas boas da vida!

Vá meninas, não fiquem ciumentas, gosto de vocês todas por igual... não sei se aguentaria com todas, mas pronto, uma de cada vez e com o seu tempo, lá se faria alguma coisa... hehehe!
Vá, para que não digam que só ponho aqui fotos de gajas, ficam aqui dois amores! tãrãrã tãrãrã...!
Divirtam-se! Está sol e a vida é bela!








Bom fim de semana!



( estou a pensar meter um porteiro à entrada, que acham? humm, será preciso? )


Do coração da nação, um brinde à sexta-feira...



E um brinde em especial e o meu agradecimento à "brasileirinha" que me enviou um e-mail encantador estes dias.
Aqui vai, do coração da nação, mais um postal do Zé...


e uma música... esta é, talvez em particular de Lisboa, mas que leva o nome do país pelo mundo.






Beijo... ;)




Um brinde à sexta-feira...



E agora sem imagem, não vão os meus queridos e sensíveis leitores de bem, porque os ordinários por esta altura já estarão ocupados, fugir! 
E uma vez mais, querendo atrair leitores de bem... ainda que... bem, era só para dizer que: 
Um brinde à sexta-feira e à lampionagem em geral, e aos que por aqui passam, em particular. E só de referir que a velha senhora foi uma porquita, primeiro a querer ganhar na secretaria e depois pelas atitudes, ontem, no estádio... enfim!

Eu sei que isto pode cair mal depois do post anterior, mas têm sempre a possibilidade de fazer scroll e esquecem logo este post e podem continuar a divertir-se... ok??!!

E queria também felicitar a lagartagem. É verdade! Estranhamente não estou doente, mas pronto, hoje deu-me para estas coisas. E como dizia, quero felicitar os lagartos pois nunca antes estiveram tão próximos duma final da Taça dos Campeões Europeus! São quê...dois ou três km da Luz até Alvalade??!!! 
Ok, e mais uma vez sou solidário, e querendo pôr água na fervura, atenuo dizendo que nós por cá, assistiremos lá do alto, da Torre das Antas... é mais longe, mas é mais alto! 
Solidarizemos, portanto... 
( Primaço, levo as gajas e tu trazes o petisco ;) )






Um brinde à sexta-feira...







Adoro este "corte"! Adooooro...adooooro! Lábios aparadinhos e uma pequena e rara penugem... sou um artista!



Marciano, não sei se tens lá esta, mas merece uma música... entre outras coisas, claro! ;)


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Histórias






Aqui há dias recebi a visita duma velha amiga. É verdade, volta e meia caio na graça dos deuses e dos diabos e elas batem-me à porta.
Chame-mos-lhe a Tia. Vocês sabem que sou rapaz discreto e que, pelo sim, pelo não, tenho seguro de vida, não vá um qualquer bater-me à porta com a fusca em punho.
Conheci a Tia em Lisboa, lá de onde ela é nascida e vivida, pois frequentava a casa duns tios, estes, de sangue e não de encabação, tal como a dita.  A ordinária fartava-se de gozar, sempre com outras intenções, daí eu a adjectivar de ordinária, aqui com o pujante e jovem José que era do Porto e que falava com a pronúncia que todos sabem ter as gentes do coração da nacão-e.
Eu, Dear Zé, querido como sempre, sorria-lhe, mas em silêncio pensava: minha ordinária... hás de cá vir
E veio!

Os pormenores não são necessários, eu sei que vocês dispensam todo aquele vocabulário cheio de vernáculo e erótico-badalhoco, e portanto passamos logo à fase em que a acção está já em franco andamento.
Dita então a história, pois eu hoje estou assim em modo de remember yesterday ( que por acaso eram as noites de quarta-feira, no mítico Swing, que nada tem a ver com mistura de casais, e se acontecia era mero acaso, mas era um bar ali na Boavista. Ah saudosas noites de farra, e boa música, e no fim boas trancadas! )... e como dizia, dita a história que a dama lisboeta, tanto andou, tanto desdenhou que numa bela noite de luar foi parar ao quarto do Zé. Já a romaria tinha passado o adro, e o Zé fez-lhe pontaria para a zona dos fundos, e ela... uu...uu...uiiii, aí não querido! E o Zé: aí não, porquêêêê?, gozando ele, agora, com a sua pronúncia arrastada de Tiiiiiiiia. Depois de várias tentativas, e do uso manejado de palavras por forma a convencer a Tia, eis que o intento foi bem sucedido. Aliás, muito bem sucedido, pois aquela lisboeta, diga-se de passagem, e sem querer ser indiscreto, tem um monumental cu!

Todavia, havia um senão. A momentos tais, satisfeita da vida, e o Zé também, a Tia dirigiu-se ao wc para fazer a sua higiene e eis que o Zé ouve um "vrum"... (nós por cá, é brum, pois, a pronúncia é a mesma, tanto seja por cima como por baixo! ), e depois outro vrum, mais agudo, agora, e outro e outro... e uma verdadeira sinfonia, algo desafinada, pois ou era em dó maior ou menor, ou em clarinete ou em trombone. E o Zé, que é um rapaz esclarecido e compreensivo, pensou: aquilo precisa duma afinação, mais uns dias e já canta de fininho! E assim foi, mas nunca deixou de cantar...

Tudo isto para vos dizer que a Tia gostou tanto, tanto, tanto do tratamento do Zé que, volta e meia, ou eu por lá, ou ela por cá, nos juntamos para afinar os instrumentos. Ainda estes dias, assim que a vi, cumprimentei-a com um beijo na face e ao mesmo tempo sussurrei-lhe: já tinha saudades tuas... cagona

E assim vos deixo com mais uma história. Para que não digam que só escrevo coisas porcas...
E despeço-me até um dia... Pelo menos até ao fim do dia por cá estarei, depois vou apanhar uns raios de sol dos Al-garves. 
Beijinhos e Abraços, e cuidado com os doces, mas se precisarem de um personal trainer... Dear Zé está às ordens!


Um postal do Zé! ( mais um)




São pérolas, minha gente, que se vão perdendo com os tempos. Ouvi-o, a primeira vez, pelas palavras do meu avô. Achei-lhe piada. Ficou, e ainda hoje lembro, com ternura e saudade. 
Quase sempre contado em período de férias, na mesa grande da cozinha, onde eu, as manas e alguns primos, sentados, a baixa luz e pela noite dentro, ainda que fossem apenas nove da noite, atentos e ansiosos, escutávamos. O texto era excelentemente narrado, com a devida acentuação, ora numa voz pesada, ora com muita altivez, e por entre risos, gritos e olhos esbugalhados, escutávamos sempre com o mesmo entusiasmo!
Cá vai:

Grande Revolução no Porto!

Então meus senhores, ainda não leram os jornais?!
Grande revolução no Porto!
Tragédia, meus senhores! Tragédia de arrepiar os cabelos! Tiros! Pancadas! Facadas! No Porto está tudo morto!

A revolução começou no estádio do Dragão, mas o caso já veio da Ribeira.
Por causa da perda do campeonato juntou-se tal povoléu, que a cem léguas de distância já se ouvia o choro das mães! Choviam golpes mortais e os mortos empilhados já se elevam a tal altura, que um deles avista quase toda a Estremadura!

Que furor, meus senhores, na luta que se travou! Tiros por todo o lado! O rio já vai molhado! 
Os navios aos glutões vieram até à Rua Passos Manuel onde lá há feridos a granel!
E a choradeira é tão grande, que foi preciso chamar os bombeiros de Tomar por causa da inundação que já ameaçava a Circunvalação!

São tremendas as apostas, já há homens com casas às costas! Já não se sabe do Pinto da Costa!

Na rua Alexandre Herculano um homem engoliu um aeroplano! 
Outro, na rua da Flores, com um sopro desfez em frangalhos nada mais que seis vapores!
Um terceiro, enfurecido, foi ao posto da polícia que fica na Cordoaria e com um berro descomunal rebentou logo o portal! Em seguida, manda altivo por cá fora o Regimento, a à força do tabefe esmigalha-o num momento!

No largo da Aguardente, está tudo cheio de gente!
Na rua da Lomba rebentou uma bomba!
E em Fernandes Tomás mataram três velhas e um rapaz!
Em Sá da Bandeira a desordem durou a noite inteira!

A Batalha era varrida pela metralha!
E nos Caldeireiros já estão os artilheiros a preparar os canhões que por lá são aos montões!

Que grande carnificina! Tiros até mais não! O sangue corria em cachão! E aqueles cadáveres assim todos tortos, viam-se logo três mil mortos!

E o sangue a correr e a mãe a gritar - Meu filho! Meu filho! Pega na garrafa e vai buscar um quartilho...
Tiros! Pancadas! Facadas! No Porto está tudo morto!




( E agora, se me dão licença, vou acabar o arroz de polvo, tenho três quartilho de branco a refrescar e o convidado a chegar! )



Bom dia, meninas!!!




Dear Zé aka Zé Tolas, saúda-vos!



terça-feira, 15 de abril de 2014





Nos entretantos, entre o fazer e o imaginar, deixamos-nos levar ao sabor da brisa quente e suave que nos acaricia os braços despidos. Lá dentro, os pensamentos elevam-se. E por enquanto apenas os pensamentos... pois, pois... é a brisa... mas não saias daí Zé, não fujas, não te percas, não brinques, depois queixas-te, sais do trilho e a tudo descarrila, como sempre...

Alheado da roda viva que se passava na rua, olhando a chávena de café e fazendo-a rodar sobre o pires, imaginava que agora, ou depois , ou daqui a nada ou até quando tivesse que esperar que chegasses, te admiraria despida na cama, com o corpo espojado e à minha mercê. Gostava de poder ver-te as expressões, os sorrisos, os beicinhos e todos aqueles trejeitos que fazes com a boca, mas não posso, não enquanto tenho a minha cabeça entre as tuas pernas e se o fizer deixo de fazer o que estava a fazer e portanto, pode parecer confuso e desajeitado mas eu abrevio já e faço-me entender... é que enquanto te lambo a cona não posso ver-te. Mas gostava. É que ou fazemos uma coisa ou outra, e se fazemos a outra não poderemos fazer uma. Não devidamente. Entendem?

Todavia, imagino... imagino os sorrisos, grandes e de alegria. Oiço as lamúrias, acolho os abraços e as mãos que me envolvem  a cabeça, me remexem o cabelo e com a língua espalmada, lambo-te, com dedos abro-te e lambo-te ainda mais. E sinto as tuas mãos pregadas nas minhas orelhas... e cá vamos nós... aplica-te Zé! mãos nas orelhas é sinal de que estamos lá próximo! Afasto-te ainda mais as pernas, abro-te ainda mais e enfio-me por ti adentro com a língua. Lambo-te de novo... bem devagar, com a língua de rasto... duma a outra extremidade... dum a outra cavidade, lambo-te e perco-me nesse teu debrum, nessa fatia estreita e carnuda e com ela me delicio... até que te venhas e é quando imagino essa tua expressão de choro no rosto, esse beicinho de queixume e por fim o sorriso.

É bom lamber-te! Tão bom...



Dear Zé angaria gente de bem e gente ordinária... uma só, não serve. É factor eliminatório, logo, são cumulativas.


Quando era pequenote, aí pelos tempos de escola primária, odiava as férias. Não necessariamente o tempo todo, mas os primeiros dias eram fastidiosos. Não havia aulas, não havia recreios, não havia brincadeira, não havia trabalhos de casa... não havia nada que fazer, ainda que houvesse, mas não havia aulas e era o suficiente. Depois a malta começava a encontrar-se, a organizar-se, os primos chegavam, reorganizávamos e... as férias eram tão curtas!

Estou de férias. Já lá vão uns dias. Um tédio só visto e por demais sentido. Passo os dias sozinho. Passeio. Falo com estranhos. Aproveito para pôr as leituras em dia. Corro. Ouço música. Há dias falava com um dos meus sobrinhos. Macho! Sim é macho, e único, tadito, mais um ostracizado, mas pronto, o tio apoia e dá força. E dizia-me ele que está na pré-adolescência. Nos meandros dos meus pensamentos menos obscuros e mais asseados, tentava perceber onde é que era essa fase, antes de abrir a boca e dizer asneiras. E, ao fim de alguns segundos ( é verdade, foi rápido ) perguntei: essa merda é o quê, caralho?! Vá, não se admirem, ele já sabe e percebe claramente o vernáculo do tio e de toda a gente dita desafogada. Lá me disse que é aquela fase depois da infância e antes da adolescência. Ok. Mas diz-me lá, já formiga? 
Hã?! 
Já te fechas no quarto, para aqueles momentos a sós? 
Hã?! 
Se já esgalhas, caralho? 
Hã?!
Ok, ok.... ainda não, concluí. Mas vá, estará quase. O tio, um dia destes, vai mostrar-te umas revistas que tem em casa, debaixo da cama. Debaixo da cama? perguntam vocês, admirados. Vá, perguntem! 
Debaixo da cama, Zé?!
Sim, debaixo da cama! É simples. Naqueles dias em que não me apetece levantar para ir buscar o android, "debaixo da cama" fica a um simples gesto de me rolar na dita e esticar o braço para apanhar a caixa cheia de revistas com gajas nuas!!!! et voilà!
...
Está bem, não está debaixo da cama, mas está religiosamente guardada. Faz parte da vida de um gajo! Do passado, claro! 

E pronto, tudo isto para dizer que, comecei a organizar-me, meninas. Ainda faltam uns dias para terminar as férias, não muitos, mas ainda se podem fazer umas coisas divertidas. De modos que, já sabem... e não, não me vou repetir com aquela cena da casa, comida e roupa lavada. Sou eu quem está de férias, portanto se quiserem alguma coisa, façam-no! Podem vir, ficar, aproveitar e coiso, fora isso ( refiro-me à parte do coiso ), não faço mais nada!
E agora, se me permitem vou laurear, apanhar um soleil enquanto tomo café e leio o jornal, e espero ter a caixa de correio cheia de e-mails vossos, quando voltar. Nem que seja para um simples beijinho e dizer que me adoram... eu depois trato do resto... e trato-vos da pele!

Beijinhos e abraços daqui, do coração-e da nação-e!




sexta-feira, 4 de abril de 2014

Actualizando


Levantei-me e espreitei o dia. Cinzento. Foda-se... 
Então? E agora?  O que fazes? A malta não acreditou em ti. Se tivesses feito isto com mais minúcia, com intenção séria e precisa... mas não, pões-te na brincadeira e é sempre mais do mesmo, a malta não te leva a sério... e agora? 

Bom minha malta, esqueço "once again" os tacões, as saias, os vestidos, as leggings, o baton, a mulher, as cuecas... oh, as cuecas esqueço-as muitas vezes, mas é intencionalmente! Oh, é tão bom andar com a franguinha ao ar, ainda que corramos o risco de constipar, mas acreditem, é bom, deviam experimentar, quem nunca o fez. É aquela sensação de liberdade, de tesão, de segredo, de alegria, de intenção... intenção de foder! E... lá vamos nós, também pode ser sem boxeurs, sentir o tecido a roçar na cabeça da gaita dá cá um tesão, e então se as calças forem de fazenda, aquele tecido sem grande tratamento, com aqueles pêlos que picam ligeiramente... eishh... nem é preciso ver uma gaja boa! 

E pronto, Dear Zé está cá de novo. Serei aquilo que vocês quiserem que seja. Dear Zé seja!





( sim, sim, Dear Zé usa gafas, mas tira-as para fazer o amor, é melhor assim, uso apenas um sentido, ou melhor, dois... não esperem, são três, afinal. O toque, o cheiro e o sabor... fora isso sou uma verdadeira toupeira... não vejo nada... a não ser que sejam grandes, heheheh... mas diz ela, agora é só uma (de cada vez), que me aplico mais... é que os olhos também comem e como tal, fica logo ali pelo caminho alguma parte da intenção, entendem? :)) )


terça-feira, 1 de abril de 2014

Falemos do Zé 3/...3




" I keep wondering, how many people do you need to be, before you can become yourself "


De há uns dias para cá iniciei este percurso sobre alguns traços da vida do Zé ou do Dear Zé. O único intento foi tão somente elucidar e matar a curiosidade dos leitores que aqui e acolá se queixavam que o Zé não mostrava, o Zé não contava, o Zé é um invejoso e guarda tudo para si. E não, nunca foi um exercício de egoísmo ou de vaidade, pois aqueles que ao longo do tempo me vêm acompanhando, certamente se terão apercebido que não serei assim de tão bom trato, e como qualquer pessoa tenho os meus defeitos.

Podia então continuar aqui a contar-vos inúmeras coisas acerca do Zé, contudo e se forem leitores atentos, verão que está aqui tudo retratado, em cada um dos posts está o Dear Zé, em todas as respostas a comentários vossos, está o Zé! Entrelinhas ou mais evidente, está lá tudo. 

A questão, contudo, será outra, talvez não tanto à vista... talvez... mas que, todavia, fará toda a diferença.
Não obstante, com alguma frequência vos dizia que o Dear Zé é uma personagem, criada, calculada, pensada, construída... e eis que finalizando o raciocínio e este trio de postagens vos digo: 
Entre mim e o Dear Zé há muitas semelhanças, contudo há uma grande diferença...






Adorei ter-vos a todos, de verdade... ok, quase todos, exceptuando os ranhosos.
Fiquem bem.