Sonhos, corrimãos, bocas secas e advérbios.

Basicamente, porque a imagem por si só diz tudo e distrai o leitor, não permitindo uma leitura penetrante daquilo que eu poderia ter escrito, mas não o farei, porque não me apetece, esta noite sonhei.

Resumidamente, ela escorregava pelo corrimão, isso estava bom de ver não é?!, desde cima até baixo, todinho lá dentro, quer dizer, percorria-o todo. A boca seca, não era a dela. Não! Não, não! Portanto, o título até está mal, mas fica assim. A boca seca foi a minha, porque assim que a vi de boquinha entreaberta e de olhos gulosos, pensei para mim: Zé, relaxa, descompensa, caso contrário, duas ou três escorregadelas e ela espalha-se logo! De maneiras que, concentrei-me no acto, atirei a cabeça para trás, em sentido figurado, claro está, e fiquei ali, de olhos fechados, com a cabeça encostada no sofá, e ela a escorregar no corrimão.

Finalmente, depois muitas voltas, sobe desde, vai de frente, vai de trás, olha a língua, olha os dentes, arrrrghh, olha a festinha na cabeça, olha a mão, olha a doida, olha, olha, olha só a velocidade a que ela escorrega, nãããão, mais devagarinho, tanta pressa não, sua tooooooola... arrrrggghhh... aaaah..aaahh...

Bom, ao contrário do que seria de esperar, ou não, era ela que descia no corrimão mas fui quem se espalhou ao comprido, uma javardice na boquinha da menina...

E agora, andamento. minha gente, porque a vida não se ganha com sonhos!