Desde pequenote que nutro um especial gosto por casas antigas, daquelas que pararam no tempo. No tempo em que eram grandiosas e assim permaneceram, inalteráveis.
Fascina-me: a descoberta das histórias que nelas se encerrarão, o ranger do soalho, as passadas sobre as tapeçarias faustosas e roídas, os quadros com retratos de gente passada ou de paisagens campestres, as fotografias a preto e branco em molduras de prata, com grandes sorrisos clássicos e postura enobrecida, as janelas grandes, que nascem do tecto quase até ao chão e as cortinas pesadas, quase sempre abertas, os móveis rebuscados, velhos, com um cheiro a madeira, as paredes caiadas, com palavras dentro, com risos gravados, gritos fechados, choros consolados e gemidos escondidos, e por fim, mais que tudo, as estantes com livros, cheias deles, muitos... horas intermináveis de prazer...
Todas elas têm histórias, umas mais do que outras, boas e más, mas o que seduz não é remexer na vida alheia, mas sim saber da história, do tempo volvido, da vida passada que aquela casa teve.
Manias do Zé. Nada de grave, portanto.
Sou um pouco assim. Gosto de imaginar sempre como seriam as conversas. Quando visitei o Palácio de Monserrate, fiquei durante um bom tempo a imaginar as vidas de outros tempos.
ResponderEliminarAs casas antigas têm paredes habitadas. Se fecharmos os olhos, ouvimos as conversas de gerações.
ResponderEliminarBeijinhos Marianos! :)
E mais nada há a acrescentar. Perfeito!
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Beijo, Maria tu.
Que engraçado, também sou assim.
ResponderEliminarSempre que via (e vejo) um palacete antigo, penso que gostaria de o recuperar e adoro o turismo rural, por isso mesmo, uma excelente forma de preservar o património e de o dar a conhecer.
Beijo grande,
Ana
Sol e Ana,
ResponderEliminarPalácios e palacetes, são outras histórias... :)))
Beijos às Cinderelas
Eu cá gosto de imaginar o que se passa por detrás das janelas das casas pelas quais passo... uma mania como outra qualquer :)))
ResponderEliminarUm beijo