sexta-feira, 20 de junho de 2014

Do alto mar.



Aqui estou eu, de novo. É um fartote do carago, não acham?! Mas pronto, sou semanal, está decidido.
Bom, podia vir aqui falar-vos do mundial de futebol, mas não vale a pena, toda a gente já sabe de tudo, está já tudo mais ou menos alinhavado, de maneiras que escusam de ver mais jogos, e escuso eu de vos aborrecer com ninharias.

Podia vir aqui fala-vos das marradas que há no seio da família cô de rosa, mas não vale a pena, acho que ainda não está decidido, e como não sou bruxo, não posso dizer mais nada, nem tão pouco aborrecer-vos com quezílias alheias.

Podia vir aqui dizer-vos que aqueles senhores que pagam à Dª Inércia, e vá, ao CR também, embora o pobre coitado só receba uma percentagem, vão ter um presidente novo. A má notícia, ou não, é que a vossa conta continua a mesma, isto se até lá não se armarem em despesistas.

Podia vir aqui falar-vos de sexo. Podia não podia? Podias Zé, dizem vocês com aquele sorriso de orelha a orelha. Podia, mas ainda não sei se o farei, é que se o fizer, vai ser um cabo dos trabalhos levantar-me da secretária, como devem ou deveriam imaginar. O ditado diz que incha, desincha e passa, mas às vezes demora a passar, oh se demora...!

Como tal, e já devo ir em mais de 100 palavras, despeço-me com o mastro recolhido, pois isto está um mar de putas*, desejo-vos um excelente  fim de semana e lá vou eu a bordejar.
Fiquem bem!










*Mar de putas, na gíria dos "homens de ferro em botes de borracha" significa um mar sereno.

quinta-feira, 12 de junho de 2014



Tentava lembrar-me de como tudo começou, de como a vida nos cruzara naquela combustão de segundo e de como nos havia ligado assim, assim sem saber como explicar, assim, assim, assim... ou assim como quem tem medo de dizer, porque sabe, mas simplesmente tem medo de o dizer e então fica-se pelos silêncios pensados.

Na inutilidade do esforço, as lembranças vão parando em momentos, em fracções de segundo, em palavras sussurradas, num esgar teu, no teu cheiro que sinto todos os dias na t-shirt que deixaste esquecida, segundo dizes, mas sei bem que é propositado.

E volto aquela foda de joelhos. Aquela em que te pões de costas para mim, com o rabo empinado, a menear, a dançar à minha frente. As mãos a agarrarem-te a cintura, o meu corpo a bater contra o teu, e a entrar em ti sucessivamente, repetidamente. Apanhar-te o cabelo que já está colado na cara pela transpiração, puxar-te a cabeça para trás, cortar-te a respiração, abafar-te os gemidos, e entrar em ti bem fundo até sentir as tuas pernas a tremer...

E enquanto a vontade engorda, a alma mirra e quase entristece. Tenho saudades tuas. 

Caralho pah, tinha intenção de meter aqui uma coisa assim, assim, assim, como vocês sabem, mas que eu não consigo dizer, e ainda não será desta...

A ouvir Madness, Muse


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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Regista e guarda! (3)





Tenho tanto sentimento 
Que é frequente persuadir-me 
De que sou sentimental, 
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

Fernando Pessoa



Estava aqui a pensar...




Por estes dias ía a caminho do Parque da Cidade e via pela Avenida algumas mulheres, sozinhas ou em grupo, que corriam ou caminhavam, e ocasionalmente, um carro conduzido por um homem buzinava-lhes.
Numa pequena peguilha pelos meus pensamentos, questionava porque é que quando um gajo vai a correr, não passa uma mulher e manda uma baita duma buzinadela, e diz: és tão bom, comia-te todo!!!
Porquê???!


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