quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O que é que andas a fazer Zé?





Um doce para quem adivinhar... e vai uma dica:
Nothing Else Matters ( o vídeo está porreiro, o som é dos melhores, aí a partir do minuto 2.30, vale mesmo a pena ver, mas a puta da legendagem num português brasileiro faz lembrar um vídeo qualquer daquelas igrejas dos reinos, e o final é uma merda porque foi cortado, portanto, não leiam, mas ainda assim, oiçam, e não se esqueçam da pergunta. Ok?! Ahh, e não ides logo para o minuto 2.30, caralho, sabei esperar e gozai o som, lambões!!)
Beijinhos a todas com muito amor e carinho.
Cavalheiros, um abraço.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Curtas - V





- Sabes o que te digo? Eu e tu somos mais do que amigos...
- Somos??!!
- Sim, somos. Somos como um pequeno gang.
- :))




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Acompanha com grelos, Leão!


Algo inédito, talvez nunca depois repetido, mas cá vai. 
Sem medidas exactas, porque funciono a olho, e um pouco à sorte, mas como ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo, também a mim me ampara e lá vou acertando.

Pescada à coentrada ( ou talvez seja coentrada de pescada, tanto faz)
(para dois, com pouca vontade de comer e muita de.. coiso, entendem, não é?)

4 postas de pescada
1 cebola grande
dentes de alho a gosto
batata
grelos
pão, de preferência de véspera, pois é para torrar
sal, pimenta, ramo de coentros, limão e um cheirinho de vinho branco


Leve ao lume um tacho bem regado com azeite e deite a cebola picada grosseiramente. Deixe cozinhar sem alourar. Junte 2 ou 3 dentes de alho, conforme o gosto, mas quanto mais alho, melhor! picados e/ou esmagados e junte as postas de pescada. Tempere com sal, pimenta, melhor ainda mistura de pimentas, moídas na hora, um pouco de água, sumo de um limão, e um cheirinho, ou seja, dois dedos de um copo de vinho verde branco, não mais. Tape deixe cozinhar, verificando sempre a cozedura e, se necessário ir acrescentando água. De notar que a pescada, por si, larga água, ainda mais se for congelada, no entanto, e consoante a temperatura do fogão, vai-se sumindo, pelo que talvez seja necessário adicionar. Não deixar a pescada coberta com a água, menos um pouco, mas o molho que dali resultará é excelente, logo deverá ser o suficiente.
Entretanto, descascar as batatas (convém, meninas!), corta-las a meio ou como quiserem, vai do gosto de cada um, é batata cozinha, não tem sabedoria nenhuma! cozer em água fervente e temperada. 
Numa frigideira, colocar um bom fio de azeite, picar dentes de alho, deixar alourar suavemente, e juntar os grelos previamente cozidos e escorridos, deixar saltear por uns minutos. Quem gostar, pode juntar umas rodelas de chouriça.
O pão, de preferência tipo alentejano, na falta, pão de sêmea de trigo, torrado. Eu disse, torrado e não queimado! Atenção! 
Verificar o tempero da pescada, o sal, o alho e essas coisas. se necessário acrescentar e antes de desligar juntar um ramo de coentros grosseiramente picados. Tapar, deixar cozinhar por dois ou três minutos e desligar.
Empratar:
Uma torrada, uma posta de pescada por cima, o molho resultante do refogado vertido sobre a pescada, duas batatas cozidas e os grelos salteados. À parte colocam o restante molho numa molheira para ir juntando sempre que quiserem. 
Bebe-se com um tinto do Douro, um Quinta do Côtto de 2008.

Bom apetite, Leão, e aos demais, claro está!





Caríssimos e Damas, não esquecer que os grelos, tal como foi referido no Leão, querem-se verdes e rijos, logo,cozê-los em água fervente, destapados e por pouco tempo. 





Todas as semanas ía à baixa da cidade. No café de sempre, numa mesa junto à janela mirava a Avenida e piscava o olho a S. Bento, e enquanto tomava o pequeno-almoço, folheava o Notícas. O rapaz que servia à mesa, não muito estranhamente de nome Zé, foi solicitado com um piscar de olho e aceno de cabeça. Rapidamente, acedeu ao pedido e chamou o homem que se encontrava à porta. Com um aspecto gasto e envelhecido, ele arrastou-se  com a sua caixa de engraxar até junto do cliente, sentando-se a seus pés, deu-lhe os bons dias. 
Falaram sobre o tempo, sobre a vida e a desgraça que sombreava o país, a neta que havia nascido perfeitinha e airosa, graças a Deus, e limpando a lágrima no canto do olho com o lenço de pano amarrotado, rematava com o seu Porto que, segundo ele, não estava nada bom.
Depois fez-se silêncio entre eles, e com o som de fundo das chávenas e o arrastar de cadeiras ele abandonou-se aos pensamentos enquanto observava o manejar do homem a engraxar-lhe os sapatos.

No prédio de três andares lá para os lados de Cedofeita, visitava-a amiúde. Subia a escadaria alta e marmoreada, onde enfatizavam os seus sapatos engraxados e cuidados. Carregava no botão preto e redondo da campaínha e ao segundo som, estridente e irritante, ela abria-lhe a porta, num sorriso largo e convidativo.
O ranger do soalho era delicioso, mas mais que tudo era vê-la caminhar nos seus sapatos de verniz, de tacão fino e estonteadamente altos, bamboleando as nádegas sob o robe estampado de um tecido qualquer acetinado.
Numa troca acanhada de palavras, enquanto ela lhe preparava um café na cafeteira, ele, compassadamente, despia o casaco, tirava a gravata e desabotoava o botão da camisa. Ouviam-se os sinos dos Clérigos a avisar que já eram horas de se deixarem de namoro e da gula do olhar. Que se satisfizessem os desejos!
Numa pose rígida mas descomedidamente excitante para ela, ele desapertava-lhe, com um leve puxar da ponta do laço, o robe. O busto à espreita e a tez levemente arrepiada. Pelos ombros, vagarosamente, deixava cair a peça de roupa ao chão. O corpo nu, os mamilos enrijecidos, as pernas fortes, as coxas torneadas sobre os sapatos de tacão alto.
Nunca os tirava, os sapatos. Era assim que ele queria, fodê-la com eles calçados. Sentir-lhe as pernas bambas, lá no cimo daquelas torres, enquanto por trás, lhe arreganhava as bordas da cona e a penetrava bem fundo, repetidamente, até lhe ouvir os gemidos gorjeados do orgasmo e de lhe ver o prazer a escorrer pelas pernas abaixo.

Olhou o relógio, eram horas de se fazer à vida. Pagou e saíu, misturando-se com o marulhar da avenida.








quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Homem procura mulher que o ame mais do que tudo, incondicionalmente e para sempre, apenas por uma noite.





"Man seeks woman who will love him more than anything, unconditionally and forever, just for one night."

Ladies, please turn off your flash or the camera. I'm controling this posting, and I show you what I want. ok?
Please don't say nothing, don't laugh. I show you what I want and I tell you what want. ok?
I'm here to make a proposal, and this is my selfie. That's why I'm here. 
And I speak what I want no what you want that I want to say. Do you understand this?
I do have a beautifull, enchanting, glamourous, thrilling and most of all a huge thing in my pants, ok?
And I speak with the true, you know, the true. My words come from my heart, I'm not a liar. ok? 
Thank you everybody.



A pronúncia é péssima, mas a atitude é de valor, ainda mais num país daqueles. Teve-os no sítio, o homem!
(de resto, já sabem, estou no e-mail)


E vai um "sonzaço" -  New Order

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014






"Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo – só palavra
Abstracção ponto no espaço teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo – era poema.”
Eusébio, por Manuel Alegre

Eusébio, 1942-2014