Estava um vendaval. As pessoas, assustadas, refugiavam-se onde podiam. Os pássaros voavam desnorteados e empurrados pelo vento. Papeis, folhas de árvore e limalha enchiam o ar e afugentavam os passantes. Ela correu até à entrada do edifício, e ajeitando o cabelo emaranhado, tocou à campainha. Do outro lado ouviu-se levantar o auscultador e um "Sim" seguido pelo ranger do automatismo que abria a porta. Ela sorriu e ainda de volta do cabelo, respondeu que estava já a subir.
Lá dentro, ele segurava a porta, com o rosto nela encostado. O tlim do elevador ouviu-se e a porta abriu, mas ninguém saiu e, passados segundos, voltou a fechar-se. Ele franziu o sobrolho e esperou. Nada. Esperou. Nada. Esperou. Nada. Esperou. Nada. Esperou. Nada... perdão, hoje estou em modo vinil e agulha já está gasta. Mais uma despesa!! A porta do elevador abriu e tinha o 6º andar marcado.
Ora foda-se, pensou ele.
Não vou! Da última vez, a gaja deixou-me pendurado com a cadela e nunca mais apareceu. O Mr, que vá lá, porque eu não tenho paciência para tamanho secretismo. Mas... mas onde se terá ela metido? Terá ido para o sexto andar? Estarão juntas? Deverei subir? Será que me esperam? As duas!!! Vou buscar o leitão, uma garrafa de espumante e petiscamos. E ao voltar-se deu de caras com ela. A guedelhuda, não a do 6º andar.
Onde estavas? Ela sorriu-lhe com ar enigmático e puxou-o para dentro. Ele ficou pensativo e intrigado, mas entraram sem mais porquês.
Lá fora, a maralha aguardava ansiosamente pelo desenvolver da história. Sexo, mistério, drama, terror, romance, comédia, qual seria o enredo? Bom, caso não tenham ainda reparado, também eu gostava de saber, de outro modo não teria feito este parênteses.
Drama,
drama, diziam algumas meninas.
Não, suspense, pedia o R.
Podias fazer um musical, sugeria a Estrela.
Romance! Faz um romance, pedinchava a Solana, pestanejando.
Calem-se, que eu agora vou dizer os números do Euromilhões, barafustava a Pseudo.
Sexo... hmmm... Sexo... SEXOOOO... dizia a minha camionista, por entre gemidos e arrulhos.
Não, não, não! Se é guerra que seja um épico: suga a energia do exército adversário e arranca o coração dos seus generais! Rugia o Primaço.
Calma, com licença, desculpem, afastem-se que eu tenho que fotografar o momento, ordenava a RT,
e eu ponho a música, rematava o Mr, pode ser este
mix, mas começa ao minuto 1:00:32, e depois é que começa do início.
Os restantes, aqueles que não referi, bem sei que estavam todos ao lado da nAninha, bem sei que ela tem aquele ar frágil, doce, mas move milhões! Ok, são apenas centenas, nada de exageros, sua convencida! ... mas eu, por mim, que sou um gajo tímido, vou-me para um épico. Família é família! Preparem-se meninas! Recostem-se e apreciem.
Outra vez lá para dentro, pois já disse que está muito vento.
De joelhos, aos pés da cama, ele agarrou-lhe pelos tornozelos e puxou-a até junto dele, deixando com a pernas flectidas e abertas. Shiuuu... pediu ele, enquanto lhe passava a mão sobre a rara penugem da púbis. Acariciou-a desenhando cornucópias com a ponta dos dedos e afastando ainda mais as pernas beijou-a. A púbis. Beijou as coxas até aos pés e subiu de novo, mas pela parte de dentro, até às coxas, outra vez. Devagar e cuidadosamente, afastou-lhe as bordas. Vá, minha gente, não reclamem! Adoro esta palavra! As bordas da cona! é sexo puro! Os lábios vaginais, faz logo parecer que se está a ler um documentário ginecologista. São as bordas e pronto, afinal de contas eu sou o realizador, o produtor, o guionista e tudo o resto, vocês só lêem!
Afastou-lhe as bordas e viu escorrer por entre elas aquele líquido algo viscoso, algo consistente e algo saboroso, com um leve sabor adocicado. Afastou-as com os dedos e com a ponta da língua, alcançou-as. De imediato começou a dança inebriada com a língua, mantendo-as abertas com a ajuda dos dedos.
Beijou de novo as coxas e fez-lhe entrar um dedo, depois dois, e saíram ambos molhados. Entravam e saíam, embalados pelo movimento de vai-vém da sua pélvis. Denotando alguma frouxidão, atacou de novo, de novo com a língua e lábios e dentes, lambendo, beijando e mordendo, de modo aleatório... mordendo o coração que haveria de ser literariamente e literalmente arrancado.
Subitamente, levantou-se. Levantou-a, puxando-lhe pelos braços. Voltou-a de costas para si e, empurrando-lhe as costas, baixou-lhe a cabeça sobre a cama, deixando o rabo empinado. De novo de joelhos, metendo-lhe os braços por debaixo das pernas, pelas virilhas, pousando as mãos sobre as ancas, enfiou a cara entre as pernas e lambeu-lhe as bordas, lambeu o clitóris até ao ânus e ziguezagueou a língua neste percurso.
Claro está, que ela mexeu, remexeu e tentou soltar-se, e gemeu, e pediu, e suplicou, e ameaçou, e aquele banzé todo que elas fazem, mas fixando-se no objectivo e no clitóris, que é o "coração" delas, ele, com a língua, a entrar por ela dentro, e os dedos, a friccionarem o dito, com mais força e mais rapidez e força e rapidez e força e rapidez, e a língua e os dedos com força e rapidez... sentiu as pernas delas a fraquejarem, o corpo a deixar-se cair, os uivos, a contracção das coxas, e por fim aquele líquido, bem viscoso, a escorrer-lhe por entre as bordas, e o clitóris latejante a palpitar, tal como um coração!
Meigamente, beijou-a ( a passarinha desfalecida ), lambeu-a, humedeceu os lábios e disse: Huummmm... claro está que não tem que se dizer "hum", mas eu digo sempre. E mergulho lá de novo, percebem??!
Lá fora na rua, a noite cobria a cidade. Chovera e o vento amainara. A caminho do supermercado ele revia mentalmente as compras a fazer, e lembrava: leite, cereais, arroz, espuma de barbear, e bolachas... oreo, huuummm... ahh, e talvez um video-chamada no skype pela noite dentro.
Boa noite a todos. Espero que tenham apreciado, meninas. Cavalheiros... é por ali, pelo "coração" que se suga a energia do adversário.