sexta-feira, 17 de julho de 2015

Moi non plus

Pedia-me para que a amasse devagar, ainda que urgentemente! No vagar dos dias, ao correr da sua música, calcorreando-lhe o corpo, queria que a amasse devagar. Tudo a seu tempo, na sua hora, ainda que sem marcação, apenas devagar.

A doçura do seu sorriso, a graciosidade dos seus gestos, faziam-me ceder. Sentia a maciez da pele do seu peito no meu dorso, e cedia. As suas palavras, com aquele accent franciú que tinha adquirido, faziam-me ceder. O choradinho que fazia, entre "nãos", "sins", "pára" e "mais" e mais e mais.  E o trejeito... ohh, o trejeito, que quase sempre acabava num uivo, esse, sim, desarmava-me por completo, e faziam-me esquecer de que não era assim que a amava, devagarinho, mas que era assim que ela pedia, e eu cedia...





9 comentários:

  1. E fazias bem em ceder :-)

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  2. Anónimo20.7.15

    Cuidado com essas cedência, Mr. Cuidado. Depois não digas que eu não avisei.

    Abraço

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  3. O Easter Egg, bem escolhido. Pardon my french. :-)

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    1. Quando era um enfant, detestava esta música, achava-a o mais piroso que havia! Ouvia-a em casa, obrigado, naturalmente, porque os meus pais, tal como eu, adoravam música, e ao fim-de-semana era garantida a matiné dançante. E entre outras, esta, era uma que eu não suportava. Curiosamente, hoje, gosto de a ouvir... e pronto.
      :))
      p.s. os meus pais não sabem que eu agora as oiço, e que gosto. Naturalmente!!! :)))))

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  4. Depois vem o amor, sem avisar...

    Boa tarde. :)

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    1. E isso é tão tramado!!!!!!

      :))) Bom dia, alegria!

      Obrigado, pela visita!

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  5. Cedências que derretem não devem ser motivo de preocupação, só mais tarde :P

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