terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Olh'ó carteiro!
Hoje recebi uma encomenda que muito e verdadeiramente me satisfez, pelo gesto e pela benquerença que traz afixada.
Junto à encomenda vinha um cartão que dizia: "Primaço, ideia parva, mas olha, para fazeres o que quiseres com ele. Abraço"
Leão, como sabes, sou um gajo pacífico, pelo que não custa nada ter aqui um da Estrela a partilhar o espaço.
Obrigado, Leão!
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa.
“Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.”
— António Lobo Antunes
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Das palavras com tesão
Colocou a música que ela lhe deixara e pedira para ouvir, fechou os olhos e imaginou-a já a sussurrar-lhe ao ouvido as palavras faladas naquela língua que ele esquecera, que julgava morta e em desuso. Tata tananana na, tanananana na.... trauteava, ele, enquanto pensava, raios, vou ter que voltar a falar français... fu fuu! Sorria e dava mais um gole, encostando a cabeça para trás, e voltando a fechar os olhos, apreciava o calor do líquido bebido a subir pela garganta, e atentava à música que lhe despertava novas cenas na sua imaginação...
Encostada de costas ao espaldar da cama, com as pernas em leque e abertas, puxava vagarosamente o vestido, amarfanhando-o entre elas, contorcendo-as. Com um ar de folia ele aproximava-se, balançando o corpo e estalando os dedos ao som do tata tananana na, tanananana na.... de joelhos ao fundo da cama, agarrava-lhe pelas pernas, junto aos tornozelos, e com firmeza puxava-a para si, deixando-a deitada sobre a cama, à sua mercê...
Abababubu yeah... a par, os dedos subiam-lhe pelas pernas, parando a caminho para lhe arrabeirar a pequena penugem púbica, seguindo depois, apanhando o vestido e levantando-o até o tirar pela cabeça. Deitando-se sobre o seu peito empinado, ficava ali, quieto, recebendo o seu calor e brincando com os mamilos, ora com os dedos, ora com a boca. Como era bom aquele leito! Huummm...hummmm, e a música reiniciava...
Despertando com o som, levava-lhe a mão entre a pernas, tacteando-lhe o jorrar de desejo. Afastando-as, posicionava-se entre elas e massajando-lhe a vulva, penetrava-a morosamente até lhe perceber o trejeito na boca em sinal de ledo. Ao mesmo tempo que o espaldar da cama batia contra a parede, compassadamente, de olhos fincados um no outro, ela dizia-lhe: eh toi, dis-moi que tu m'aimes...Shiuuuuu, dizia-lhe ele, em tom de voz ofegante, aumentando a cadência dos movimentos... não contes do vestido que te tirei... nem o que contigo faço para te ouvir gritar... shiuuu... e sufocando de prazer dentro do seu corpo, afundava-se continua e impetuosamente, e prosseguia, não contes também tudo o que te digo... pois é segredo... je t'aime... shiuuu...
A música terminara, e olhando o copo vazio pensava, não está mal de todo, os vizinhos é que iam ficar fodidos com tamanha chinfrineira. Levantou-se para voltar a encher o copo e colocar outra música.
Bom fim de semana.
Palavras mágicas - 3
Dizem as estatísticas que ultimamente as palavras que vos trazem cá, são:
"quero-te foder" - oh menina, como a entendo, mas, assim de repente, sem mais nada, sem uma conversa, duas ou três, sem a análise detalhada da sua anatomia, e essas coisas que levam um homem a querer pumba-pumba, não vai lá, além de que sou um homem comprometido. Se bem que, como diz um ditado, mais vale um pássaro na mão do que dois a voar... mas não prometo nada!
"Zé rápido logo" - às nove????
"ratas ao léu" - ei pah!! ratas, não! isso é bicho nojento, um gajo perde logo toda a vontade. Chamai-a por qualquer outro nome, mas ratas... NÃO!
"erecções matinais" - é o prato do dia.
"chegar a casa e não ter mulher" - é sinónimo de não ter jantar. Pronto. Pronto, sosseguem minhas queridas, também é sinónimo de não ter a casa limpa e arrumada, a roupa lavada, as compras feitas, essas coisas coisas todas. Ahh, e é sinónimo de não ter sexo. Já me esquecia desta, estranhamente...
"chegar a casa e não ter mulher" - é sinónimo de não ter jantar. Pronto. Pronto, sosseguem minhas queridas, também é sinónimo de não ter a casa limpa e arrumada, a roupa lavada, as compras feitas, essas coisas coisas todas. Ahh, e é sinónimo de não ter sexo. Já me esquecia desta, estranhamente...
"Dear Zé pila" e "Dear Zé cona" - OLX
Ressalva: chegar a casa e não ter mulher, além da ausência de sexo que faz uma falta do carago, é sentir a casa vazia, despida da presença de um corpo feminino e das palavras que nos adoçam o ego. O resto, o Zé trata, mais a Dª Arlete.
Apêndice: há uma palavra, um substantivo feminino no plural, que continua a liderar o top, bem como o post que faz a correspondência - Palavras Mágicas
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Este é à gaja: "Adoro, adoro, adoro, adoro, adoro, adoro...!"
... e nós lá dentro: pumba... pumba... pumba... pumba... pumba.... ao som disto, que eu adoro... adoro... adoro... adoro! Tudo, tudinho: a casa, a neve, o crepitar da lenha, o pumba-pumba, e a música, tudo em perfeita sintonia!
Bom fim de semana!
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Valsa sentimental
Os homens serão naturalmente seres virados para os prazeres carnais. Bem sei que, embora se diga o contrário, elas também o são, é verdade, mas têm a faculdade de concentrar no corpo e na mente outras coisas que não apenas o sexo. Logo, é uma questão de executar várias tarefas simultaneamente. Simples.
Aqui para com os meus pensamentos, que agora partilho convosco, para que não se queixem que sou um tipo fechado e que não conta nada acerca de mim, agilizava uma série de raciocínios por modo a poder desculpar esta minha propulsão para o que não pode ou não deve ser.
Assim sendo, estou aqui num tremendo debate interior, tanto dentro do peito como dentro das calças, e esta coisa de um homem ter mulher, mas ela estar ausente, faz de nós seres nefastamente carentes. Sim, eu sei, falo no plural, mas em boa verdade, é mais uma desculpa para o meu feitio ( vá, não pensem que isto é defeito).
E num rodopio de sentimentos debatemos-nos com o que queremos, e com o que queremos muito... mesmo muito!
Sou um sentimentalão! Pronto, voltei a usar o plural, mas não se preocupem, eu posso sozinho com tudo, e isto sou só eu, eu sei!
Fica Tchaikovsky para ver se acalma(o).
E num rodopio de sentimentos debatemos-nos com o que queremos, e com o que queremos muito... mesmo muito!
Sou um sentimentalão! Pronto, voltei a usar o plural, mas não se preocupem, eu posso sozinho com tudo, e isto sou só eu, eu sei!
Fica Tchaikovsky para ver se acalma(o).
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
O que vês tu à janela, Zé?
Já vos contei que tenho um telescópio? Já! Foi há muito tempo, mas já contei (espreitem). Esteve uns tempos guardado, esquecido, e ontem, na amargura da solidão, lembrei-me dele, de lhe voltar a dar uso e explora-lo, apenas e tão somente a fim de colmatar os tempos mortos, obviamente!
Então, aqui nos meus pensamentos, tinha ideias de, hoje, ir para casa, dar um tête-à-tête com a D. Arlete, despacha-la, jantar e instalar-me à janela da sala. E esfregava as mãos enquanto congeminava a cena....
Mas, ardeu tudo! Os dias são curtos, vai frio, a malta fecha as persianas cedo, pelo que não me parece que vá ter sorte. Enquanto isso, caríssimos comparsas, deixo aqui uma hipótese do que eventualmente veria se... elas lá estivessem!
domingo, 1 de dezembro de 2013
"Se estivesses a afogar-te, vinha acudir-te, embrulhava-te num cobertor e dava-te chá quente. Se fosse o xerife, prendia-te e fechava-te numa cela com aloquete. Se fosses uma ave, gravava um disco e ficava a ouvir a noite inteira o teu trilo agudo. Se fosse o sargento, serias a minha recruta, e, garanto-te, ias adorar a instrução. Se fosses chinesa, aprendia a língua, queimava pilhas de incenso, vestia roupas esquisitas. Se fosses um espelho, invadia as Senhoras, dava-te o meu baton e punha-te pó de arroz no nariz. Se gostasses de vulcões, seria a lava, em erupção contínua da minha secreta fonte. E se fosses a minha mulher, era o teu amante, porque a Igreja ao divórcio se opõe firmemente.”
IOSIF BRODSKII
Hoje teria feito tudo para que ficasses comigo... au revoir, mon amour.
Subscrever:
Mensagens (Atom)